Muita gente não entende o porquê dessa postura feita com os braços se chamar gomukhásana, que numa tradução literal quer dizer postura do rosto da vaca ou da cabeça da vaca. Existem algumas explicações, a que mais faz sentido para mim é a que diz que tal associação se refere à posição final das mãos quando se consegue segurar os dedos, vejam e tirem suas conclusões.

Apesar disso ser uma curiosidade, não se trata do segredo que vou abordar aqui. Gostaria de chamar a atenção para um detalhe pouquíssimo explorado (uma dica que até então nem o google revelava) na execução dessa postura que considero uma das mais valiosas para nossa geração que paga um preço alto pelo uso excessivo dos dispositivos tecnológicos.

Sugiro que leia com atenção pois é um ajuste de natureza teórica, tem base num entendimento e não numa ação ou forma específica e, além do mais, é uma compreensão que se estende a outras posturas.

Ao realizar o gomukhásana é comum observarmos uma diferença entre os lados. Quando um dos braços está por baixo, o encurtamento muscular fica mais evidente, no caso dos destros quando o braço direito está por baixo, a ponto de ser mais difícil ou, de repente, de nem ser possível o encontro dos dedos lá nas costas.

Enquanto que, ao inverter a posição dos braços, os dedos se aproximam mais ou até se encontram com facilidade.

Nesse caso, se você segue a orientação clichê de “ir até seu limite” em ambas as posições, provavelmente, ao invés de promover o equilíbrio, estará acentuando a diferença revelada por esse asana.

O que fazer?

Aí vem um simples, mas essencial segredo: O lado que tem mais facilidade terá de ser paciente e aguardar o lado que está com dificuldade. Dessa forma, você trabalha em cima de uma proposta de equilíbrio físico e energético sem correr risco de usar a prática para se entortar ainda mais.

Vale lembrar que todos somos em alguma medida tortinhos e não devemos empreender uma busca desenfreada pela simetria, mas na dose certa podemos realinhar e corrigir o resultado de padrões inadequados tanto posturais quanto de pensamento.

Espero que essa publicação seja útil e, se você reside no Rio de Janeiro, te convido a conhecer o programa de orientação e acompanhamento personalizado que venho conduzindo há quase 6 anos que tem como foco um desenvolvimento pessoal voltado a conquista de uma autonomia na prática [saiba mais e verifique se nossa disponibilidade coincide]

Abraço e harih om!
Por Gilberto Schulz

Gilberto Schulz tem formação técnica em yoga pela ABPY e participação em cursos no Brasil e na Índia com professores de referência da tradição do yoga.
Atua há mais de 10 anos ensinando yoga e meditação

Está no Rio de Janeiro? Confira o programa de prática desenvolvido pelo Gilberto clicando na imagem abaixo