
A prática de yoga se caracteriza por uma infindável quantidade de posturas e elas ainda se desdobram através de diversas variações e adaptações com nomenclaturas por vezes divergentes.
De uma forma geral, não há problema algum em realizar posturas sem sequer saber seu nome em sânscrito ou traduzido para nossa língua. No entanto, é muito importante entender certas diferenças de posturas parecidas.
Para exemplificar essa relevância, nesse artigo vamos nos ater a duas posturas clássicas comumente presentes nas práticas independente do tipo de yoga.
São elas, urdhva mukha svanasana e bhujangasana, postura do cachorro olhando para cima e postura da cobra.
Essas posturas são tão parecidas que frequentemente são chamadas pelo mesmo nome ou até com os nomes trocados. Trocar o nome por si só não é o ponto.
A questão central gira em torno dos ajustes e das ações em torno da idéia que se tem da posição final em cada uma dessa posturas.
Urdhva Mukha Svanasana

No urdhva mukha shvanásana, postura do cachorro olhando para cima, as coxas e os joelhos não tocam no chão. Em alguns casos para facilitar a realização dessa postura é possível apoiar os joelhos, no entanto as coxas seguem sem entrar em contato com o chão reduzindo o efeito de extensão da coluna sobretudo da região lombar.
Bhujangasana

Já na postura da cobra, bhujangásana, as coxas seguem em contato com o chão de modo que o efeito da extensão na coluna lombar se torna mais intenso.
Ao confundir uma postura com a outra, o praticante pode pensar que deve buscar erguer o busto da mesma forma em ambas as posições e isso aumenta as chances de um excesso indevido e perigoso para a coluna lombar.
Apesar da semelhança se tratam de duas posturas diferentes
Nas duas é importante deixar os ombros longe do pescoço e conservar o tônus do abdômen para reduzir a compreensão na lombar. Mas ao fazer a postura da cobra tenha em mente que a elevação do busto provavelmente será menor que no cachorro olhando para cima.
Como praticantes devemos estar sempre atentos a resposta do nosso corpo em cada posição, mas ter uma compreensão maior das posturas é essencial para minimizar os riscos e tirar o proveito certo de cada asana.
Como professores devemos nos esforçar em transmitir bem essa diferença mesmo que para nós isso possa parecer óbvio. Os alunos trazem bagagens de prática diversas e nunca é demais clarear os caminhos pelos quais já passamos.
Boa prática e harih om
Por Gilberto Schulz

Gilberto Schulz tem formação técnica em yoga pela ABPY e participação em cursos no Brasil e na Índia com professores de referência da tradição do yoga. Atua há mais de 10 anos ensinando yoga e meditação
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