Até que ponto podemos chamar isso de praticar Yoga? Uma breve reflexão do mestre Iyengar

ate-que-ponto-podemos-chamar-isso-de-praticar-yoga-reflexao-do-mestre-iyengarÀs vezes digo aos meus alunos que a sua prática numa aula de yoga não é, a rigor, prática de yoga. A razão disso é que, numa aula, embora indubitavelmente você esteja procurando praticar yoga e, espera-se, aprendendo como praticar, ainda assim você se encontra subordinado ao professor. A inteligência que dirige o que está sendo feito vem dele e você tenta acompanhar o melhor que pode.

Em casa, por outro lado, sua inteligência é o seu mestre e o progresso que você faz é seu e será mantido. Além disso, a vontade que você emprega é sua, não provém do poder, da força ou do ímpeto do professor. Vem de você e seu efeito é profundo. Não é uma yoga feita pelo corpo para o corpo, mas yoga feita pelo corpo para a mente, para a inteligência.

Por B. K. S. Iyengar no livro Luz na Vida: A jornada da ioga para a totalidade, a paz interior e a liberdade suprema da editora summus editorial

Confira também nosso artigo mais lido do mês Considerações sobre a prática avançada de Yoga

Está no Rio de Janeiro? Já pensou em aprender a praticar yoga e a meditar na sua casa ou ambiente de trabalho com técnicas mais apropriadas para você? Confira o programa de prática desenvolvido pelo Gilberto Schulz clicando na imagem abaixo
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2 Respostas para “Até que ponto podemos chamar isso de praticar Yoga? Uma breve reflexão do mestre Iyengar

  1. O mesmo Iyengar diz em seu famoso «Light on Yoga»:

    «Minha experiência levou-me a concluir que para um homem ou mulher comuns, em qualquer comunidade do mundo, a maneira de atingir a paz de espírito é trabalhar com determinação em dois dos oito estágios da ioga citados por Patañjali, a saber, asana e pranayama.»

    Em outras palavras, de acordo com Iyengar, quem quer dedicar-se ao yoga não precisa de yamas, de niyamas, de mudras, de pratyahara, de dharana, de dhyana e nem de samadhi. Mais do que isso: o lance não é o yoga, o lance é a «paz de espírito».

    Sei que isto tem pouca relação com o cerne da mensagem publicada acima, mas talvez nos ajude a perceber que Iyengar era muito mais um autor de livros de auto-ajuda e instrutor de fisioterapia do que propriamente um yogi.

    Quando se trata de yoga e de aspectos técnico-disciplinares como aqueles mais amplamente estudados na tradição do hathayoga, há referências melhores.

    • Nada é perfeito, Christian, até aprecio seu espírito crítico afiado e sua habilidade de colocar suas análises em texto, mas às vezes o mundo e as pessoas precisam de elementos que façam um sentido para elas dentro de suas perspectivas e isso de alguma forma funciona. Conseguimos olhar o Yoga por vários ângulos e níveis de compreensão e tranquilo isso, acho que você percebe que procuro simplificar sem perder contato com o que tem além, nem sempre consigo mas é autêntico, assim como noto que suas análises também são. Acho que ambos servimos para alguma coisa nesse meio do yoga e uma honra receber seu comentário por aqui, pena que só vi quase que exatos 1 ano depois, mas o que é o tempo?
      Abraço

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